Quanto você precisa saber de um filme antes de assisti-lo?
Eu acredito que o mínimo possível. Aqui no Salada Caprese, a gente tenta nem contar sobre o que é o filme, nem a sinopse, nem nada. A idéia é só dizer se a gente gostou ou não do filme, se serviram pão de queijo na cabine de imprensa, se ele remeteu a alguma história bacana… essas coisas. Eu até ressuscitei um texto de cinco anos atrás sobre como eu evito assistir trailers depois de assistir Acompanhante Perfeita.
Evitando até o elenco
Pois quando eu cheguei na cabine de imprensa do novo lançamento da Warner “Acompanhante Perfeita”, eu nada sabia sobre o filme. Quase nada: sabia só que era estrelado pelo Jack Quaid, uma cria do nepotismo Hollywoodiano, filho de Dennis Quaid e Meg Ryan; mas por quem eu tenho certo apego por conta de The Boys.
E era isso. Não sabia nem que a Sophie Thatcher, que eu já tinha curtido em Herege era a co-protagonista e nem que o Guillermo do What we do in the shadows estava no filme. Já começou com surpresas boas: eu curtia praticamente todo o elenco.
O primeiro ato entrega um romancezinho legal… E, de repente, logo no começo do segundo ato, quando a maioria dos filmes dá uma relaxada no ritmo, o filme apresenta um twist que muda completamente o caminho da história.
A benção da ignorância
Na hora que a reviravolta acontece, eu e o meu caro amigo Marcel Kosugi, que estava assistindo o filme ao meu lado, nos olhamos satisfeitos. O filme agora ia tomar um caminho completamente novo.
“Essa twist estava no trailer?”, ele me perguntou.
“Não sei. Não vi o trailer”, respondi. Nem ele.
Marcel queria saber o quanto das reviravoltas do filme foram previamente mostradas à audiência antes de trabalhar na crítica dele. Como uma das mais legais acontece logo no começo do filme, imediatamente depois do incidente incitante, parece difícil escondê-la no material de promoção da película. Mas ao mesmo tempo, a ignorância em relação à ela torna o filme todo tão mais divertido que parece um pecado privar a audiência disso.
Conclusão
Oras, então vai ser só isso: eu adorei o filme, pode ir lá ver e se não souber de nada, melhor.
A melhor coisa que eu posso falar para garantir ao leitor uma boa experiência do filme é isso: nada.
